segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O Senhor dos Ladrões

O senhor dos ladrões conta a história de um grupo de crianças órfãs que moram num cinema abandonado na cidade de Veneza, seu protetor se chama Scipio, o auto-intitulado "Senhor dos ladrões", um garoto que rouba casas luxuosas de Veneza para sustentar as crianças de rua.
Scipio um dia é contratado para um trabalho especial, surrupiar uma asa de madeira da casa da fotógrafa Ida Spavento, mas o objeto tem propriedades mágicas e logo todos estarão envolvidos numa aventura em que crianças viram adultos e vice-versa.




Título: SENHOR DOS LADROES, O
Formato: LIVRO
Autor: FUNKE, CORNELIA
Tradutor: BERTUOL, SONALI
Idioma: PORTUGUES
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: INFANTO-JUVENIS - LITERATURA JUVENIL

ISBN: 8535905308
ISBN-13: 9788535905304
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Peso: 0,570 kg
Edição:
Ano de Lançamento: 2004
Número de páginas: 368
TRECHOS DO LIVRO
Era outono na cidade da lua quando Victor ouviu falar de Próspero e Bo pela primeira vez. O sol refletia-se nos canais e revestia de dourado as velhas paredes das casas, mas o vento que vinha do mar soprava gelado, como se quisesse lembrar as pessoas de que o inverno estava chegando. Nas ruas, de repente, o ar tinha cheiro de neve, e o sol do outono aquecia somente as asas de pedra dos anjos e dos dragões em cima dos telhados.
O apartamento onde Victor morava e trabalhava ficava perto de um canal, tão perto que a água batia na parede lá embaixo. Às vezes, à noite, Victor sonhava que a casa afundava nas ondas junto com toda a cidade. Que o mar arrastava o dique, pelo qual Veneza se ligava ao continente como uma caixinha de ouro na ponta de um fino cordão, e engolia tudo: as casas e as pontes, as igrejas e os palácios que os homens tiveram a ousadia de construir tão perto da água.
Mas tudo ainda estava firme em suas pernas de pau. Victor, encostado na janela, olhava para fora através da vidraça empoeirada. Nenhuma outra cidade do mundo podia se orgulhar tanto de sua beleza como Veneza. Os arcos e as ogivas, as cúpulas e as torres pareciam competir para ver qual deles brilhava mais à luz do sol. Assobiando, Victor virou de costas para a janela e se pôs na frente do espelho. “O clima perfeito para experimentar o novo bigode”, ele pensou, enquanto o sol aquecia o seu pescoço troncudo. Ele havia comprado aquela jóia no dia anterior: um imenso bigode, tão escuro e espesso que faria inveja a uma morsa. Ele o colou cuidadosamente debaixo do nariz, ergueu-se nas pontas dos pés para parecer um pouco mais alto, virou-se para a esquerda, para a direita... e estava tão absorto na sua imagem no espelho que só ouviu os passos na escada quando eles pararam à sua porta. Clientes. Droga! Tinham que vir incomodá-lo justo agora?

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