segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

1822

Esta obra apresenta 22 capítulos intercalados por ilustrações de fatos e personagens da época da independência, resultado de três anos de pesquisas, a obra cobre um período de quatorze anos, entre 1821, data do retorno da corte portuguesa de D. João VI a Lisboa, e 1834, ano da morte do imperador D. Pedro I.
O livro procura explicar como o Brasil conseguiu manter a integridade do seu território e se firmar como nação independente em 1822.




Título: 1822
Formato: LIVRO
Autor: GOMES, LAURENTINO
Idioma: PORTUGUES
Editora: NOVA FRONTEIRA
Assunto: HISTÓRIA DO BRASIL

ISBN: 8520924093
ISBN-13: 9788520924099
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Edição:
Ano de Lançamento: 2010
Número de páginas: 372
TRECHOS DO LIVRO
O destino cruzou o caminho de D. Pedro em situação de desconforto e nenhuma elegância. Ao se aproximar do riacho do Ipiranga, às 16h30 de 7 de setembro de 1822, o príncipe regente, futuro imperador do Brasil e rei de Portugal, estava com dor de barriga. A causa dos distúrbios intestinais é desconhecida.
Acredita-se que tenha sido algum alimento malconservado ingerido no dia anterior em Santos, no litoral paulista, ou a água contaminada das bicas e chafarizes que abasteciam as tropas de mula na serra do Mar. Testemunha dos acontecimentos, o coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo, subcomandante da guarda de honra e futuro barão de Pindamonhangaba, usou em suas memórias um eufemismo para descrever a situação do príncipe. Segundo ele, a intervalos regulares D. Pedro se via obrigado a apear do animal que o transportava para “prover-se” no denso matagal que cobria as margens da estrada.
A montaria usada por D. Pedro nem de longe lembrava o fogoso alazão que, meio século mais tarde, o pintor Pedro Américo colocaria no quadro “Independência ou Morte”, também chamado de “O Grito do Ipiranga”, a mais conhecida cena do acontecimento. O coronel Marcondes se refere ao animal como uma “baia gateada”. Outra testemunha, o padre mineiro Belchior Pinheiro de Oliveira, cita uma “bela besta baia”.
Em outras palavras, uma mula sem nenhum charme, porém forte e confiável. Era esta a forma correta e segura de subir a serra do Mar naquela época de caminhos íngremes, enlameados e esburacados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário