segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

1808

O propósito deste livro, resultado de dez anos de investigação jornalística, é resgatar e contar a história da côrte lusitana no Brasil, a fim de devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam há duzentos anos atrás.
1808 conta como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil, é o relato de um dos principais momentos históricos brasileiros.




Título: 1808
Formato: LIVRO
Autor: GOMES, LAURENTINO
Idioma: PORTUGUES
Editora: PLANETA DO BRASIL
Assunto: HISTÓRIA DO BRASIL

ISBN: 8576653206
ISBN-13: 9788576653202
Idioma: Português
Encadernação: Brochura
Altura: 23 cm
Largura: 16 cm
Profundidade: 2,7 cm
Peso: 0,591 kg
Edição:
Ano de Lançamento: 2007
Número de páginas: 408
TRECHOS DO LIVRO
Imagine que, num dia qualquer, os brasileiros acordassem com a notícia de que o presidente da República havia fugido para Austrália, sob a proteção de aviões da Força Aérea dos Estados Unidos. Com ele, teriam partido, sem aviso prévio, todos os ministros, os integrantes dos tribunais superiores de Justiça, os deputados e senadores e alguns dos maiores líderes empresariais. E mais: a esta altura, tropas da Argentina já estariam marchando sobre Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a caminho de Brasília. Abandonado pelo governo e todos os seus dirigentes, o Brasil estaria à mercê dos invasores, dispostos a saquear toda e qualquer propriedade que encontrassem pela frente e assume o controle do país por tempo indeterminado.
Provavelmente, a primeira sensação dos brasileiros diante de uma notícia tão inesperada seria de desamparo e de traição. Depois, de medo e revolta.
E foi assim que os portugueses reagiram na manhã de 29 de novembro de 1807, quando circulou a informação de que a rainha, o príncipe regente e toda a corte estavam fugindo para o Brasil sob a proteção da Marinha britânica. Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de qualquer outro país europeu. Em tempos de guerra, reis e rainhas haviam sido destronados ou obrigados a se refugiar em territórios alheios, mas nenhum deles tinha ido tão longe a ponto de cruzar um oceano para viver e reinar do outro lado do mundo. Embora os europeus dominassem colônias imensas em diversos continentes, até aquele momento nenhum rei havia colocado os pés em seus territórios ultramarinos para uma simples visita — muito menos para ali morar e governar. Era, portanto, um acontecimento sem precedentes tanto para os portugueses, que se achavam na condição de órfãos de sua monarquia da noite para o dia, como para os brasileiros, habituados até então a ser tratados como uma simples colônia extrativista de Portugal.

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